quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

VTQRT Especial Parte 2 - Experiências Gastronômicas

Experiências Gastronomicas durante o perío de 05/11/2009 a 04/11/2010.
Não necessariamente foram novidades para meu paladar. Alguns que me remeteram a lembrança da infância, alguns que o contexto fez adquirir uma importância especial, alguns sonhos gastronômicos realizados depois de algum tempo desejando provar tal prato. Tem alguns pratos caros no meio. Mas pra mim, não importa o preço. Seja barato ou caríssimo, se a experiência gastronômica é significativa, vou buscar. As fotos estão em ordem mais ou menos cronológica.


Quando: Novembro de 2010

Onde: Sawasdee, Armação dos Búzios - Rio de Janeiro

O que: meu primeiro contato com comida tailandesa, num restaurante dito tailandês, ainda que adaptados a moda contemporânea. Na verdade, fui buscar um Prato da Boa Lembrança neste restaurante, e peguei gosto. Sawasdee é uma saudação em tailandês, e este restaurante tem uma filial no Leblon. Quando fui pra cidade de Chattanooga, no Tenessee (EUA), encontrei um restaurante de mesmo nome.


Quando: Novembro de 2011
O que: Arroz Koshihikari, safra de Niigata, Japão. Meu presente de aniversário. Costumo não comer arroz branco, substituí totalmente pelo integral, no cotidiano. Porém, se o arroz é japonês, é outra história. Sabor e brilho incomparáveis. Vale cada centavo dos R$ 32 por quilo. Pena que, nesta ocasião, viajei pros EUA duas semanas após o presente. Quando voltei, óbvio, já havia acabado.


Quando: Dezembro 2009 e Janeiro 2010
Onde: Diversos hoteís dos Estados Unidos
O que: panqueca no café da manhã. Praticamente todos os hotéis com breakfast possuem este aparelho. É só colocar a massa preparada num copo, despejá-la na forma, assar um minuto, e virar a forma para assar mais um minuto. Servido com xarope de mel. Divertidíssimo, e gostoso (nada de extraordinário). Como o objetivo era correr maratonas, precisei me conter. Mas por mim, comia todas as manhãs, até enjoar.

Quando: Dezembro 2009 e Janeiro 2010
Onde: Diversos locais dos EUA
O que: Cracker Barrel Old Country Store, é uma rede de restaurantes com abrangência em todo o país. Na verdade, uma loja de varejo, com restaurante. Na loja, se vende desde comidas e CDs de músicas country, a brinquedos e antiguidades. Já no restaurante, comida de excelente qualidade, com panquecas no café da manhã, e carnes, massas e sopas com "sides" (acompanhamentos) no almoço e no jantar. Destaque para o Rasberry Tea, em que se pode repetir a vontade.

Quando: Janeiro de 2010
Onde: Nova Orleans, Louisiana, Estados Unidos
O que: comida cajun e crioula em geral. Infelizmente não tirei fotos. Apenas desse snack acima. Jambalaya, Gumbo, Po'boys, etc. etc.
Quando: Janeiro de 2010
Onde: Chicago, Illinois, Estados Unidos
O que: Deep Dish Pizza

Quando: Janeiro de 2010
Onde: Milwaukee, Wisconsin, Estados Unidos
O que: queijos de Wisconsin. Wisconsin é conhecido como o "Dairy State", o Estado americano dos Laticínios.
Quando: Abril de 2010
Onde: Barrio Lastarria, Santiago, Chile
O que: brochette de frutas. Não é um aspecto muito conhecido, mas o Chile é um grande exportador de frutas. Jantei no Barrio Lastarria (o "SoHo de Santiago"). Não lembro qual era o prato (que estava bom), mas não esqueço da sobremesa. Delicioso espeto de frutas, com caldo de amoras.

Quando: Abril de 2010
Onde: Mercado Central, Santiago, Chile
O que: Piure. A Centolla, Loco e salmão do oceano pacífico são pratos muito procurados quando se vai ao Chile. Porém, uma raridade local é este molusco, que é vermelho de sangue aglutinado. O gosto é forte. Não aguentei comer toda a porção. Mas valeu a experiência.
Quando: Maio de 2010
Onde: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
O que: Comida di Buteco. Tradicional festival gastronômico de Beagá. O tema deste ano foi "jiló". Visitamos uns cinco botecos para provar os pratos com este ingrediente. Pena que a maioria transformou o jiló em "chips" ou em molho. Dizem que a maioria do povo brasileiro não gosta de jiló. Mas nas semanas que precederam e se procederam os eventos do Comida di Buteco, esgotaram-se os jilós dos mercados.
Quando: Junho de 2010
Onde: Rosario, Santa Fé, Argentina
O que: Pizzanesa. Pela foto é dificil identificar, mas é uma pizza, que usa uma milanesa como base, ao invés de massa de pizza. Lembra um pouco o nosso Bife a Parmegiana.
Quando: Julho de 2010
Onde: Brasilia, quiosque do aeroporto Juscelino Kubitschek
O que: Original Cookies: Após retornar dos EUA, meu paladar ficou bem americanizado. Subway, pizza de peperoni, e cookies. Esta rede com filiais em Goiás e Brasília produz, na hora, provavelmente o melhor cookie comercial que comi no Brasil. O preço não é tão doce: R$ 4 para um cookie grande.
Quando: Agosto de 2010
Onde: Teresina, Piauí, Brasil
O que: Cajuína: suco de caju filtrado e clarificado: excelente para acompanhar o "capote" e a "maria izabel", pratos típicos de Teresina.
Quando: Setembro de 2010
Onde: Bar do Alemão, Curitiba, Paraná, Brasil
O que: prato misto com diversos petiscos alemães, mas eu não conhecia a Carne de Onça: feita a base de carne crua, é uma releitura do hackepetter alemão ou do steak tartar francês. Considerada a mais curitibana das comidas de boteco. (Fonte: Guia Essencial de Curitiba). Comi isso algumas horas antes de ir a um casamento.

Quando: Agosto de 2010
Onde: Bertioga, São Paulo, Brasil
O que: Camarão na Moranga. Participei da 17a Festa do Camarão da Moranga, do lado do Forte de São João
Quando: Outubro de 2010
Onde: Canoa Quebrada, Aracati, Ceará, Brasil
O que: meia porção do misto de frutos do mar: Pargo (adoro), Lagosta e Camarão. Regado a "cocolimão", uma limonada feita com água de coco.
Quando: Outubro de 2010
Onde: Broccolino, Buenos Aires, Argentina
O que: Tagliatelle al Nero di Seppia (Talharini de tinta de lula).

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Foto Clube - Banco com famosos

Brigitte Bardot
Orla Bardot - Armação dos Búzios
Rio de Janeiro - Brasil

Mafalda
Calle Defensa x Chile - San Telmo
Buenos Aires - Argentina




Pablo Neruda
La Sebastiana - Valparaiso
Chile

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Conexão Total - Passar uma HORA em Itapuã...

Iniciando mais uma coluna: Conexão Total. Explorando possibilidades aproveitando o tempo disponível durante a espera do próximo vôo.

Recentemente viajei para Recife, com duas horas de espera na conexão em Salvador. Após uma rápida explorada no próprio aeroporto, encontro na saída, uma barraca de acarajé, onde provo a especialidade, Patrimônio Imaterial Nacional, além de bolinho de estudante, um doce feito a base de tapioca.

Saindo do aeroporto, atravesso o bambuzal na entrada de Salvador.


Com cerca de R$ 50 de táxi (ida e volta), vou para o bairro de Itapuã, tirar uma foto com Vinícius de Moraes, na Praça inaugurada em sua homenagem no dia que completaria 90 anos.

O Farol...

Uma estátua no caminho ao bairro de Itapuã (propriedade privada?)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

VTQRT Especial - 1 ano de Viajante Total

Há uma semana, completamos um ano deste blog. O meu primeiro ano de "Viajante Total" coincidiu com o ano que mais viajei na minha vida, por diversos motivos: trabalho, congresso, lazer, casamentos, eventos esportivos, etc. Aqui vai um breve resumo do período de 04/11/2009 a 03/11/2010. Muita coisa que deveria ter sido postada aqui... Fiz uma seleção de 17 fotos, 17 momentos. Alguns mais intensos, outros que representam quase toda uma viagem, um ou outro que escolhi simplesmente por ser curioso.

Apesar de ter ido diversas vezes para Curitiba, pelo menos uma vez por ano desde 2007, esta é uma cidade que ainda não tive chance de explorar, devido a incompatibilidade de tempo com meus outros compromissos. Por outro lado, quando tive a chance, no ano passado, eu invento de dar uma escapadinha pra Morretes descendo a Serra da Graciosa de trem, para saborear o barreado.



Novembro - Morretes (Serra da Graciosa)


Em dezembro, fiz a minha maior e mais marcante viagem até agora. Dois meses nos Estados Unidos, sendo a primeira vez na minha vida que piso em solo norteamericano. Viajei com um grupo de maratonistas para participar de provas nos locais citados a seguir, em negrito. Iniciei a jornada chegando no aeroporto de Dallas-Fort Worth conforme já relatado: http://viajantetotal.blogspot.com/2010/08/maratona-se-inicia-no-aeroporto_05.html


Depois passei por Los Angeles e San Diego na California, El Centro e Tucson, no Arizona. Depois, vôo para Flórida, onde, de carro, passei por Miami, Clermont, Orlando, Jacksonville e St. Agostine. Daí, fomos ao norte, passando por Georgia, pelas Carolinas do Sul e Norte, Virginia, Washington D.C, Nova Jersey, para chegar no nosso próximo destino: Filadélfia. Neste percurso, pela primeira vez desde quando fui ao Japão com 14 anos, vi neve. No Sul já sentia frio, mas rumo ao norte, cada vez mais sentia o que era o inverno americano. Passamos por West Virginia, Kentucky e Illinois, até finalmente chegarmos ao Estado de Missouri, onde tirei fotos do arco de St. Louis, e ficamos hospedados em Springfield, no trecho da lendária Route 66, quando a seguinte paisagem me chamou a atenção.



Dezembro - Springfield, Missouri


Prosseguindo a viagem de carro, atravessamos Oklahoma, Novo México, Arizona, nos emocionamos com o Grand Canyon, e nos surpreendemos negativamente com Las Vegas, até retornarmos a Califórinia, onde passamos o ano novo, nas cidades próximas a Los Angeles. Missão cumprida, desta vez voltaríamos para a Flórida. Cruzamos mais uma vez o estado do Arizona, Novo México, desta vez, bem próximos à fronteira mexicana, Houston no Texas, até dar uma paradinha em Nova Orleans, para curtir Jazz. Magnífico.


Janeiro - Nova Orleans, Louisiana



Chegamos a Walt Disney World Resort passando por Mississipi, Alabama e Georgia. Após curtir o parque temático, nosso destino ficaria mais uma vez ao norte. Parada em Warner Robins, perto de Atlanta. Muitas atrações na sede dos Jogos Olímpicos de 1996. Nesta primeira passagem, conhecemos o Atlanta Underground, a Casa de Margaret Mitchell (E o vento levou), além do Museu da Coca Cola. Normalmente não bebo refrigerantes. Mas não desperdicei a oportunidade de provar produtos do mundo todo, desta multinacional.


Janeiro - Atlanta, Georgia


Nashville, em Tennesse, a cidade da música; Kentucky, no Hipódromo em que acontece o Kentucky Derby, Autódromo de Indianápolis, e a Cidade de Chicago, com suas diversas atrações, além de muito vento (e frio). Em Wisconsin, visitamos Madison e cumprimos nosso objetivo em Milwaukee, local em que encontramos atletas treinando para as Olimpíadas de Inverno, de Vancouver. No caminho de volta, passando pelos mesmos estados, conhecemos ainda Chattanooga, em Tennesse, e Savannah, na Georgia, cidades que valem um post do tipo: "Os Estados Unidos que os brasileiros não costumam conhecer antes de morrer". Aproveitamos ainda a oportunidade de assistir a peça Annie, com o elenco da Broadway, no Fox Theatre de Atlanta, pagando US$ 10 !!! O último desafio foi em Miami. E como um merecido prêmio pós longa viagem, terminamos com um passeio até Key West, o local norteamericano mais próximo de Cuba. Aqui me pergunto... quantos brasileiros existem neste mundo, que já estiveram em pelo menos 25 estados americanos, mas nunca foi pra Nova Iorque? Além de mim...

Fevereiro, Key West, Florida

De volta ao Brasil, praticamente não saí de casa no mês de março, sofrendo de "depressão pós EUA". Em abril, fui para um casamento em Londrina, e numa cidade próxima, Rolândia, diversas descobertas curiosas no Museu da Imigração Japonesa, de Rolândia. A Armadura abaixo foi utilizada na Batalha de Sekigahara, de 1600, que definiu a História do Japão, levando ao longo Shogunato de Tokugawa. Quando os decendentes vieram para o Brasil, trouxeram esta relíquia familiar, o que indica que, muito provavelmente, esta família veio para o Brasil, para permanecer nestas terras, diferentemente de muitas famílias que, originalmente, desejavam retornar para o Japão em breve.

Abril - Londrina / Rolândia
Santiago pela segunda vez na minha vida. Como já tinha passeado bem pela capital chilena na ocasião anterior, resolvi conhecer Viña del Mar, Valparaiso e San Antonio. Na capital, realizei meu sonho de provar Centolla (caranguejo gigante), junto com amigos. Não tive coragem de pedir o prato sozinho, em 2008.
Abril - Viña del Mar - Dança típica Rapa Nui. O Moai (estátua) foi trazido da Ilha de Páscoa.

Véspera de Dia das Mães e de repente me lembro que está acontecendo o evento Comida di Buteco em Belo Horizonte. Concurso gastronômico dos botecos de Beagá. Fiz um bate e volta, indo de ônibus na madrugada de sexta pra sábado, e voltando de avião no domingo de manhã, a tempo de participar da comemoração familiar. Fiquei cochilando, mas isso é mero detalhe. O tema deste ano foi jiló.

Maio - Belo Horizonte



Se você fala que já conhece Argentina, tem gente que te questiona: "você conhece Argentina ou conhece a Capital Federal Buenos Aires?". Bom, agora já conheço Rosario, e bem no dia da Bandeira.
Junho - Monumento de la Bandera, Rosario, Argentina

Na semana seguinte, a Isabella me apresenta o Taku, japônes que ela conheceu durante sua aventura na Espanha (registrada neste blog). Ele estava numa viagem de Volta ao Mundo, e chegou a São Paulo após passar por Foz do Iguaçu. Levei ele para conhecer a Terra da Garoa. (nota de bastidores: a Isabella saiu pra sua viagem aos EUA bem no dia seguinte que o Taku chegou). Nos quatro dias de estada, ele conheceu o Bairro Oriental da Liberdade, Museu da Imigração Japonesa, Museu do Futebol (Pacaembu) e até conheceu o recém inaugurado metro da linha 4 (Faria Lima). Mas o local que ele ficou mais entusiasmado, foi a loja abaixo. O produto é bem procurado no Japão, e caríssimo lá, por sinal.

Junho - Oscar Freire: Loja das Havaianas
(foto tirada em julho, após o encerramento da Copa do Mundo FIFA)
Mês que viajei para Mato Grosso do Sul, Rio e Brasilia, cada um por motivo diferente: Maratona, trabalho e congresso/pesquisa. A maior descoberta foi o quiosque do Original Cookies, no Aeroporto de Brasilia (BSB). Experimente!!
Julho - Original Cookies, do quiosque do Aeroporto de Brasilia (BSB)
Dança típica do Paraguai, num evento comemorativo ao Bicentenário de Paraguai. Santiago e Rosario também estavam em comemoração de duzentos anos do movimento de independência.
Agosto - Paraguai
Conheci Teresina, a Capital mais quente do Brasil. Mas a experiência marcante foi atravessar a pé a Ponte Metálica, que liga a capital do Piauí, à cidade de Timón, no Maranhão.

Agosto - Teresina
Já fui diversas vezes pra Foz do Iguaçu, e para Ciudad del Este. Fui uma vez para Puerto Iguazu, no início desta década. Mas só agora descobri esta fantástica atração, há alguns metros da entrada do Parque Nacional das Cataratas. Recomendadíssimo.

Setembro - Parque das Aves, Foz do Iguaçu

Em setembro, tive que desistir de uma viagem para passeio + maratona no Uruguai. Porém, em outubro, tinha agendado uma viagem de trabalho + maratona. Não tive dúvidas. Troquei minha passagem e resolvi voar do Brasil para o Uruguai, e ir a Argentina por meio fluvial (Rio Prata). Tiro certeiro. Conheci o novo terminal do Aeroporto de Carrasco (já conhecia o antigo, e o novo é considerado um dos mais belos do mundo) e passei pela experiência do Ferry Boat da BuqueBus, onde entrei no Free Shop mais divertido da minha vida: dentro do próprio navio.

Outubro - Ferry Boat, de Colonia de Sacramento para Buenos Aires

Já em Buenos Aires, aproveitei a estada na Capital Federal para dar uma esticada em Tigres e San Isidro. Mais duas descobertas. Tigre é como um bairro nobre, mas que tem canais no lugar de asfalto. Logo, toda locomoção se faz por navios e barcos. Achei mais charmoso que Veneza, muito embora não tenha andado de gôndola, na Itália.

Outubro - Tigre

Por fim, minha segunda viagem em Outubro, para Fortaleza. Em Curitiba, estiquei para Morretes. Nos EUA, um monte de esticadas. Em Santiago, para Valparaiso, Viña e San Antonio. Em Dourados, fui para Campo Grande (Mato Grosso do Sul, em julho), De Teresina para Maranhão. Quanto a Buenos Aires, Uruguai antes e província de Buenos Aires (Tigre + San Isidro) depois. Em Fortaleza, dentre tantas opções, e na impossibilidade de ir para Jericoacoara com dias limitados, escolhi Canoa Quebrada.

Quem diria que um dia eu iria ter coragem para andar de Tirolesa (foto) e skibunda (escorregar as dunas numa pequena pranchinha de madeira) ???


Que o segundo ano de Viajante Total esteja recheado de muitas outras descobertas pelo mundo, e com mais frequencia de postagens...

terça-feira, 12 de outubro de 2010

VTQRT - Maratona Pré Buenos Aires

VTQRT número 7
Pais: Brasil / Uruguai / Argentina
Cidade: São Paulo - Porto Alegre - Montevideu - Colonia del Sacramento - Buenos Aires - Tigre - San Isidro
O que: Aproveitando a viagem para correr maratona e fazendo maratona turística.

O VTQRT é uma tentativa desesperada de manter este blog atualizado. Escrevo tudo que for possível sobre determinado grupo de assuntos, com um limite de tempo de 17 minutos. O que der pra escrever, deu. O que não der, fica pra um artigo futuro.

Start!!

Inicialmente, tinha uma viagem marcada para participar da Maratona de Punta del Este, no primeiro domingo de setembro. Mas por motivos de lesão, desisti da viagem, e logo transferi as milhas para a maratona de Buenos Aires. Melhor coisa que fiz.

Minha viagem foi de quarta a quinta. Voei de Congonhas (CGH) a Montevidéu (MVD), com escala no Salgado Filho (POA). Foi a primeira vez que pisei no novo terminal do Aeroporto de Carrasco, que foi inaugurado há exatamente um ano. E a minha última vez em Montevideu foi um mês antes da inauguração. Realmente vale a fama de ser um dos mais belos aeroportos do mundo. Com um free shop muito legal também.

Em Montevideu, me exercitei um pouco a tarde na Rambla, e na volta, passei pela Ciudad Vieja para comer um Chivito, o sanduíche típico. Mas praticamente passei aqui só pra dormir, pois na quinta, bem cedo, fiz a maior atração dessa minha viagem. Travessia de Ferry Boat, de Uruguai à Argentina. Com direito a quatro carimbos no passaporte, ao todo. Peguei o Ferry Juan Patricio, que tem três andares: primeira classe, classe turistica onde fiquei, e a classe economica, que não tem janelas, mas tem o Free Shop mais divertido da minha vida. Afinal, temos que nos equilibrar a cada onda. Ambos os free shops são bem completos.

Em Buenos Aires, passei a tarde na Rua Defensa, em San Telmo, onde fui tirar foto com a estátua da Mafalda. Depois, à noite, passei pelo Shopping Buenos Aires Design na Recoleta, e esperei a Floralis Generica fechar. Esperei até 21h, e nada. Desisti e fui embora.

Na sexta, contratei um guia-personal trainer, para fazer um tour pelos bosques de Palermo. Conhecer Buenos Aires correndo. experiência muito legal. À tarde, retirada do kit da Maratona.

No sábado, outro passeio que valeu muito a pena. Contratei um pacote para ir as cidades de Tigre e San Isidro, na Provincia de Buenos Aires (não confundir com a Capital Federal, apesar de serem "vizinhas"). Andei de catamaran pelas "ruas" de Tigre. É como um bairro nobre, com casas com grandes quintais. Mas não existe asfalto. Apenas canais, e mini pier em cada casa, para poder subir nos "navios-onibus", ou fazer compras nos "navios-supermercado". Questão de gosto, mas achei bem mais charmoso que Veneza (se bem que na Itália, não andei de gondola). Já em San Isidro, visitei a catedral, e fiz muitas compras muito boas nas lojas. Regalos muito baratos, que quando se percebe, passou o orçamento para os souvenires. E ainda um show no entardecer na praça central da estação. Pra mim, este passeio foi uma grande descoberta.

Já no domingo, corri a maratona de manhã, almocei num restaurante brasileiro, e fui direto pro Aeroporto Ezeiza (EZE) para ir embora. Enquanto esperava o vôo, passei no Mc Donalds local para provar o sanduiche feito com carne da raça Aberdeen Angus. Quando comi este sanduíche nos Estados Unidos, achei maravilhoso. A versão argentina, achei bem "diluida", mas mesmo assim, bem exquisita (gostosa). Cheguei em Guarulhos no inicio da madrugada. Por sorte, meu pai voltava de viagem
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ACABOU O TEMPO DE 17 MINUTOS
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Como meu pai chegou de viagem a trabalho na mesma madrugada, peguei carona de táxi com ele.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Encontro dos Rios - Teresina

Um dos locais famosos de Teresina é onde as águas do Rio Parnaíba se encontram com as do Rio Poti. Supostamente, onde morava o pescador Crispim, protagonista da lenda do Cabeça de Cuia, de Piauí. Hoje, Parque Ambiental Encontro dos Rios.

Monumento ao Cabeça de Cuia, na entrada do Parque.

Segundo a lenda, certo dia, o pescador voltou para casa frustrado por um dia improdutivo, e pediu comida para a sua mãe. Como não havia nada, a mãe serviu uma rala sopa com osso de boi. Crispim se irritou, e acertou sua mãe com o osso. A velha, com as últimas forças, amaldiçoou Crispim a vagar pelos rios como um monstro de cabeça gigante, como se tivesse uma Cuia na cabeça. A maldição se quebrará apenas quando o "Cabeça de Cuia" devorar (ou desvirginar, conforme a versão) sete Marias virgens. Desde 2003, comemora-se na última sexta-feira do mês de abril, o Dia do Cabeça de Cuia.

No Parque, há algumas atrações como o Museu dos Rios, Restaurante Flutuante, lojas de produtos artesanais, playground, mirantes, locais para pesca, além de poder entrar em contato com a fauna e a flora local.

Exemplares de peixes, no Museu dos Rios

Passeios de Barco pelos rios Parnaíba, Poty, e o encontro dos Rios: R$ 3,00

Restauante Flutuante

Manjuba com molho tártaro

Peixada de Pescada Amarela

Pôr do sol do Rio Poty

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A Maratona se inicia no aeroporto...

Escrevi no novembro do ano passado que ter algum preparo físico pode ser essencial para resolver problemas numa viagem.
http://viajantetotal.blogspot.com/2009/11/ser-maraturista.html

Só não imaginava que esta constatação faria tão sentido 15 dias depois, quando embarquei pela primeira vez aos Estados Unidos. Instrução básica, ainda mais reforçada quando viajamos para os States: JAMAIS deixe que outra pessoa feche sua mala. E eu não segui a recomendação. Como sempre, arrumei as malas de última hora e, pedi para o meu pai trancar a mala, ainda dentro de casa. No aeroporto, depois que o despache já estava feito, meu pai me pergunta: "pegou a chave da mala?". Obviamente que não. Até pedi pros staffs da American Airlines verificarem se a chave estava presa na minha mala. Com a resposta negativa, não havia mais o que fazer. Fui pra sala VIP tomar um café com meus pais, já pensando como faria para abrir a mala em solo americano. Possívelmente, teria de destruir a minha mala de estimação.

Decidi deixar a dor de cabeça para quando chegar em Los Angeles, e curti o vôo de Guarulhos (GRU) ao Aeroporto de Dallas-Forth Worth (DFW), onde faria conexão para a Califórnia. Uma vez retirada a mala e feita a imigração de forma tranquila, tinha cerca de uma hora até o próximo embarque. Consultei os funcionários do aeroporto para redespachar a minha mala trancada, contendo diversos itens proibidos enquanto bagagens de mão. Eis que, não sei quem entendeu errado enquanto eu tirava as minhas dúvidas, mas quando percebi, eu já estava na área de segurança. Obviamente, fui barrado. Tentei explicar a situação sem tanta confiança no meu inglês, mas os policiais foram bem compreensivos e gentis, pedindo para que eu aguardasse. Dentro de alguns minutos (que para a minha percepção eram longos e rápidos ao mesmo tempo!!), chegou um perito com seu molho de chaves, que observou a minha mala, escolheu uma chave, e conseguiu abrí-la de primeira.

O policial retirou da minha mala alguns itens como protetor solar, xampus, etc, e rapidamente iria trancar a mala de novo para me liberar. Pedi, quase implorei, para que não trancasse a mala de novo, e agradeci a toda a equipe. Vi o meu relógio. 7h19m. Eu teria 11 minutos para chegar até a plataforma. Ah, como é bom pegar vôo internacional dos aeroportos de Cumbica ou Salgado Filho em Porto Alegre, onde a plataforma fica logo depois da área de segurança... Como tudo que há no Estado do Texas, o Aeroporto de Dallas-Fort Worth é gigantesco (o maior do Texas, segundo dos Estados Unidos, o terceiro do mundo, e com área total maior que a ilha de Manhattan). Era necessario correr. E ainda pegar monotrilho de um terminal pro outro.


Aeroporto de Dallas Fort Worth (by Wikipedia)


E finalmente aqui que entra a questão do meu preparo físico. Uma das maiores vantagens de ser um atleta é que dependendo da situação, é possível dissociar funcionalmente a cabeça do corpo. Ou melhor dizendo, ligar o "piloto automático" no corpo para um movimento que não seja muito complexo, e ao mesmo tempo, deixar a cabeça livre para pensar no próximo passo, com calma e frieza. Ora, na hora que saí da área de segurança pra começar a correr, eu nem sabia que teria que pegar o monotrilho. E quando cheguei à plataforma de monotrilho, ainda teria de descobrir qual o sentido que era mais próximo do terminal que eu estava. Do jeito que costumo ficar desesperado para realizar tarefas em curto espaço de tempo, fiquei surpreso comigo mesmo, de como estava calmo, durante a corrida ou durante o "passeio" no monotrilho.




Fotos do monotrilho Skylink que tirei no meu retorno ao Dallas-Fort Worth, na ocasião da conexão que fiz no vôo de Tucson (Arizona) para Miami (Flórida).

Sem falar que, se eu não tivesse a resistência física para percorrer este trecho carregando a minha mala que na verdade era pra ser despachada (ainda bem que era pequena e leve), sobraria a mim, sentar e chorar. Literalmente.

Deu tudo certo, e no fim, não foi necessário destruir a minha mala de estimação, que me acompanha nas viagens desde 2005, a primeira vez que viajei de avião, ao se desconsiderar vôos na infância.

A mala "hard case" azul. Na foto, durante um congresso em Lisboa (2005)

Já a segunda passagem pelo Aeroporto de Dallas-Fort Worth foi agradabilíssima, mas como o tempo de conexão era curto, tive que dar umas corridinhas para poder ver as lojas. Depois de exagerar nas curiosidades, quando eu já estava de novo correndo para a plataforma, de repente, escuto risos, e um vulto escuro aparece rolando no meu caminho.



Era o Rolling Laughing Dog. Não tive tempo de comprar esse brinquedo neste momento (uns dez dias antes do Natal), e depois tive que percorrer quase 20 Estados americanos para finalmente encontrá-lo outra vez, para comprar. Possívelmente foi um sucesso de vendas no Natal, esgotando em quase todas as praças.